Conceito

A Cinemateca Pernambucana é um espaço destinado à coleta, catalogação, preservação, formação, pesquisa e difusão das produções do cinema pernambucano. Além de filmes, reúne acervos como roteiros, cartazes, fichas de produção e fotografias. Seu foco principal é preservação e difusão em formato digital.

Inaugurada em 25 de março de 2018, surge como forma de fortalecer a cadeia produtiva do audiovisual no estado. Visa formular projetos e iniciativas voltados para a preservação ampla do acervo pernambucano e sua disponibilização para realizadores, pesquisadores, estudantes e público em geral como um centro avançado de estudos e pesquisas na área do cinema no Estado.

O foco inicial da Cinemateca Pernambucana é a preservação e difusão em matriz digital do acervo que está disponibilizado presencialmente e/ou via Internet, no portal da cinemateca. A coleta, guarda e a gestão do acervo é apenas parte desse desafio, uma vez que a Cinemateca visa também assegurar o acesso facilitado aos conteúdos, ação fundamental para a preservação do cinema pernambucano. Acordos contratualmente estabelecidos entre a cinemateca e detentores dos direitos autorais dos filmes, regem as condições de guarda e/ou difusão das produções, caso a
caso.

Instalada na sede da Fundação Joaquim Nabuco, em Casa Forte, está vinculada à Coordenação de Cinema e Cinemateca pernambucana, que dispõe das salas de exibição do Derby e do Museu, onde há sessões periódicas do acervo fílmico pernambucano.

Os filmes preservados no nosso sistema são avaliados pela Equipe Curatorial da Cinemateca Pernambucana. Nosso acervo reúne filmes realizados em Pernambuco, independente da época, do diretor ou da empresa produtora, além de obras de cineastas pernambucanos, independente do lugar em que foram filmados. Também dispomos na cinemateca filmes que mostram aspectos relevantes da cultura e da paisagem pernambucana, independente do diretor ou da empresa produtora).

 

Referência ao Farol da Barra

Vista da barra, do farol e do Forte do Picão, em 1904.
Vista da barra, do farol e do Forte do Picão, em 1904.

A marca da Cinemateca Pernambucana faz uma referência ao antigo Farol da Barra, que foi construído no Porto do Recife, em 1817. A imagem do farol está presente em diversas imagens técnicas (fotografias e filmes) realizadas em Pernambuco a partir da segunda metade do século XIX. Além disso, faróis são metáforas da projeção e da visão circular, interessada em ver de todos os lados.

O Farol da Barra também evoca o risco do esquecimento, da destruição da memória coletiva de um lugar. Ele já não existe mais como nas antigas imagens do passado, por que foi considerado “ultrapassado” em 1931, substituído um ano depois por uma lanterna automática de 500 mm e, em 1938, deslocado para uma torre no prédio da Capitania dos Portos.

O Farol da Barra do Recife entrou na simbologia local e aparece nos escudos oficiais do Recife e de Pernambuco, justamente ao lado de representações do antigo forte e da barra. É uma imagem que reverencia a importância do Porto do Recife, que tornou a cidade um ponto de intensa troca entre o Brasil e o mundo.

Do antigo farol só restam ruínas. Como só restam fragmentos de muitos filmes realizados em Pernambuco desde o início do século XX.